Olá a todos, chamo-me Teresa Oliveira e tenho 27 anos. Desde cedo que o gosto pelas artes se começou a notar e portanto todo o meu percurso académico foi na área das artes.
Comecei por me especializar em design de comunicação e gráfico, fiz uma pós graduação em User experience design e design de interiores, tirei um curso de fotografia e edição de imagem e profissionalizei-me em Marketing digital. Ser designer é o que me dá mais gosto fazer, costumo dizer que se a inteligência artificial vier substituir-me estou feita, porque há poucas coisas que me dêm tanto gosto na vida como o trabalho que realizo. Mas existe uma outra: os escuteiros! Os escuteiros para mim não começaram de forma natural, como as artes. Os meus pais queriam muito que eu pertencesse ao movimento, mas noites fora de casa e vida em campo era uma coisa que me assustava. Já não me lembro muito bem como me conseguiram convencer mas aos 9 anos lá entrei para o agrupamento 39 Santa Isabel e depressa o medo de ir acampar transformou-se em querer acampamentos todos os fins de semana. Neste movimento aprendi muito! Foi aqui que deixei a timidez de parte, pertencer a uma patrulha e ter um cargo na mesma, deram-me a força que precisava para deixar de ser tão tímida. Foi aqui que aprendi a importância de dar-mos a nossa opinião mesmo que seja contrária à maioria, porque não havia julgamentos e todas as opiniões eram válidas. Foi aqui que me tornei no que sou hoje e que os que me rodeiam identificam como ser uma das minhas maiores qualidades: ser escuteira.
Aprendi proatividade, sentido e espírito de equipa, aprendi que mais vale feito do que perfeito e que numa equipa todos contam. Aprendi tanta coisa que se fosse a enumerar todas não saíamos daqui.
Permaneci no agrupamento durante 13 anos, até terminar o meu percurso nos caminheiros e decidi sair, em 2019, para me focar na minha carreira profissional. Passados 5 anos, regresso a casa. Os escuteiros deram-me tanto que agora sinto que quero contribuir nem que seja um bocadinho para a formação das crianças, como em tempos alguém com a minha idade contribuiu e (e muito) para o meu desenvolvimento.
Ser escuteira para mim é muito mais do que usar com orgulho em lenço ao pescoço e uns ‘’pompons’’ nas meias. É ganhar características que levamos para a vida, seja pessoal ou profissional. O meu Totem é Zebra Sagaz, um totem com o qual me identifico e que me inspira a lutar sempre por aquilo que queremos. Acho que o sagaz vem de quando meto uma coisa na cabeça, dificilmente me movem dela. Hoje estou aqui para contribuir para a formação das nossas crianças e jovens!
E-mail: primeira.39@escutismo.pt